segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O Salário Mínimo Regional no Rio Grande do Sul é imprescindível para beneficiar os trabalhares rurais

Foto: Luiz Fernando Boaz
O presidente do Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Bagé e 2º vice-presidente da Fetag-RS, Nelson Wild, também é diretor de assalariados da Fetag-RS. Com a experiência de anos de lutas em favor dos trabalhadores de todas as regiões, ele destaca a necessidade da valorização do Piso Mínimo Regional do Estado, uma das bandeiras de luta mais importantes para os assalariados, por abranger não somente cerca de 70% sindicalizados mas, principalmente, quem trabalha na economia informal. A seguir, justifica porque considera da maior relevância a campanha criada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS) em favor da valorização do Piso Mínimo Regional.
Qual a importância da luta pela valorização do Salário Mínimo Regional do Rio Grande do Sul para os trabalhadores rurais do Estado?
Nelson Wild - Para nós, o Piso Mínimo Salarial no Rio Grande do Sul é estratégico e fundamental. O surgimento do Piso Mínimo como Lei foi muito direcionado pela lógica de beneficiar os trabalhadores que estão em atividades desorganizadas, ou seja, na economia informal.
Ainda temos no Estado um grande contingente de trabalhadores que não são abrangidos por convenções ou acordos coletivos. Para eles, o Piso Mínimo Regional se traduz em uma melhora salarial. E para os municípios e trabalhadores e trabalhadoras rurais onde a Fetag-RS, juntamente com os sindicatos, já os organizou, através de convenções e acordos, significa um balizador e um referencial importante para, a partir dele, estabelecermos as negociações junto à classe patronal.
O Piso Mínimo trouxe um acréscimo e uma substancial melhoria nos nossos pisos mínimos a partir do Salário Mínimo Regional do Estado. Existem algumas regiões e localidades onde nós ainda não tivemos essa convenção. Isso significa que o Piso Mínimo Regional é um referencial e um marco balizador para esses trabalhadores. Assim, tendo uma renda melhor, o trabalhador consome mais e assegura a sua inclusão social no Estado, que se desenvolve, indiscutivelmente, com a participação dos trabalhadores com um bom salário a partir de um Piso Mínimo Regional melhorado.
Qual o percentual de trabalhadores vão ser beneficiados com a valorização do Salário Mínimo Regional?
Nelson Wild - A partir dos dados que a Fetag-RS possui, nós estamos com cerca de 200 mil assalariados rurais. Nós temos hoje algo como 65% a 70% desses trabalhadores já abrangidos por convenções ou acordos coletivos, nós estimamos em torno de 150 mil trabalhadores beneficiados. Esse dado revela que o expressivo número de 50 mil assalariados rurais vão ser beneficiados diretamente com a valorização do Piso Mínimo Salarial no Rio Grande do Sul.
A implementação do Piso Mínimo Salarial valorizado vai contribuir para melhorar a vida das famílias que vivem nas zonas rurais do Estado?
Nelson Wild - Exatamente os assalariados da área rural. A Fetag-RS, juntamente com os sindicatos, tem trabalhado desde o final dos anos 80 até o presente momento, e vai continuar estimulando e muitas vezes até pressionando os sindicatos rurais, porque em algumas localidades não querem negociar, a fim de melhorar e valorizar o salário dos trabalhadores. Mas essa é a nossa tarefa.
Então, para que nós possamos chegar aos 100% de trabalhadores beneficiados, temos um caminho a trilhar. Portanto, nós entendemos que o Piso Mínimo Regional do Estado é imprescindível na atualidade. Por isso, lutaremos pela sua valorização, da mesma forma como, historicamente, lutamos pela valorização do Salário Mínimo Nacional.

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