quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Presidente da CTB-RS reage aos empresários e diz que patronato do Rio Grande do Sul está na contramão do Brasil


                                            Governo tem sido indutor do desenvolvimento gaúcho, diz Guiomar Vidor
                                            Foto: Márcia Carvalho
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, considerou o anúncio publicado pelas entidades patronais, contrárias a existência do Piso Mínimo Regional, como um tiro no pé por parte dos empresários. Ele explica as razões.
“O aumento do poder de compra do trabalhador foi um dos motivos que levou o Brasil a ser um dos últimos países a entrar na crise financeira mundial e um dos primeiros a sair dela, pois o que deixou de ser exportado naquele período foi consumido pelo mercado interno, tendo gerado mais empregos e proporcionado que a economia nacional desse um salto maior. Prova disso é que o reajuste no valor do salário mínimo nacional, em vigor desde janeiro, vai injetar cerca de R$ 64 bilhões na economia brasileira em 2012”, assinalou Guiomar Vidor.
Como prova de que o patronato gaúcho está na contramão do que pensam os empresários do resto do país, o presidente da CTB-RS citou o estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), divulgado nesta quarta-feira, 29/2. Ele aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá crescer 40% até 2020 e dos R$ 2 trilhões adicionados ao PIB até aquela data, cerca de R$ 1,4 trilhão virá do consumo das famílias, principalmente da classe C (com rendimentos entre R$ 1,4 mil e R$ 7 mil), responsáveis por 51% do consumo total e que abrange 54% da população brasileira atualmente.
O Piso Mínimo Regional cumpre exatamente essa tarefa, que é o de reforçar o mercado interno e democratizar a renda, mas principalmente de fortalecer o mercado consumidor para que nossa economia também possa reagir como vai acontecer com a economia nacional. Nós consideramos o Piso Regional um instrumento de distribuição de renda, da mesma forma que o salário mínimo é em nível nacional. E voltamos a ter o Estado como indutor do processo de desenvolvimento. O governo de Tarso Genro tem assumido essa condição, tanto que o Rio Grande do Sul alcançou em 2011 um crescimento econômico maior do que o Brasil”, concluiu o presidente da CTB-RS.

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